O Irã lançou centenas de drones aéreos e mísseis contra Israel neste fim de semana, em um ataque de represália que era amplamente esperado.
Foi a primeira vez que o Irã realizou ataques diretos contra o território de Israel.
Os dois inimigos estão envolvidos há anos numa guerra paralela (shadow war). O Irã vinha usando as chamadas forças “p
Os militares israelenses disseram que Israel e outros países interceptaram mais de 300 mísseis de cruzeiro e drones, a maioria fora do espaço aéreo israelense.
Israel disse que muito pouco dano foi causado, mas disse que as pessoas devem permanecer em alerta.
Ao expressar forte condenação pelo ataque, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que “ajudamos Israel a derrubar quase todos” os mísseis e drones.
“O Irã e os seus representantes que operam a partir do Iêmen, Síria e Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel”, disse Biden.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã disse que o ataque visava “alvos específicos”.
O Irã havia prometido retaliar um ataque ao seu consulado na Síria, no primeiro dia de abril, que matou sete oficiais do IRGC, incluindo um general. O Irã acusou Israel de realizar esse ataque, mas Israel não o confirmou, nem negou.
Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “juntos venceremos”, mas não está claro qual será a resposta de Israel.
O presidente Biden disse ter reafirmado “o firme compromisso da América com a segurança de Israel”.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), contra-almirante Daniel Hagari, disse que alguns mísseis iranianos atingiram o interior de Israel, causando pequenos danos a uma base militar, mas sem vítimas.
Hagari disse que o ataque em larga escala foi uma “grande escalada” e disse que Israel e seus aliados operaram com força total para defender Israel.
Em um comunicado separado, ele disse que o Irã disparou mais de 300 projéteis contra Israel durante a noite, 99% dos quais foram abatidos. Ele acrescentou que alguns dos lançamentos chegaram do Iraque e do Iêmen.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que “muito poucos danos foram causados”, mas alertou que “a campanha ainda não terminou” e disse que Israel deve “permanecer alerta”.
Duas autoridades dos Estados Unidos disseram à CBS, emissora norte-americana parceira da BBC, que as forças americanas derrubaram vários drones, mas não especificaram onde ou como foram interceptados.
O Ministério da Defesa do Reino Unido disse que os jatos de sua força aérea (RAF, na sigla em inglês) foram usados no Iraque e na Síria para interceptar “quaisquer ataques aéreos dentro do alcance das nossas missões existentes”.