Estamos vivendo um cenário em que a vergonha não é mais uma reação natural a um crime, mas uma relíquia do passado. A corrupção, que deveria ser motivo de repúdio, escancarou sua face mais suja e se tornou a grande celebridade do nosso tempo. Políticos flagrados em esquemas de desvio milionário não só permanecem impunes como se pavoneiam, sorriem nas redes sociais e se apresentam como mártires injustiçados. A hipocrisia nunca foi tão alta, e a passividade, tão contagiante.
Não se trata mais de um desvio de recursos. Agora, o crime é tratado como um feito, um feito digno de aplausos. O que deveria ser um escândalo humilhante, um momento de arrependimento e vergonha, se transforma em uma performance maquiada de heroísmo. E o pior: há uma plateia que se delicia com isso, que aplaude a traição, que reverencia o cinismo como uma virtude. A falta de caráter virou moeda de troca, e o mais imoral é o mais celebrado
Essa é a nova realidade: serem indiciados pela Polícia Federal, serem desmascarados como criminosos , ladrões públicos, não resultam em castigo. Não. Ao contrário, são trampolins para uma nova fase, onde a impunidade se torna símbolo de força da própria mentira, peseudo liderança. Soberbos ruminam a moral.
O político que foi flagrado roubando com a mão direita se levanta, posa com a esquerda e recebe votos como se nada tivesse acontecido. Sua desfaçatez é o que o mantém no poder. A indignação do povo, abafada pela manipulação política, é o combustível para que esse ciclo de corrupção se perpetue.
E o povo? O que era para ser um grito de revolta virou um suspiro de impotência. Alguns tentam resistir, mas a maioria se afasta, anestesiada pela narrativa cínica de perseguição e vitimismo. O povo ingênuo ao aplaudir os corruptos, faz parte do processo de legitimação do roubo. Aplaudir um corrupto é selar a morte da dignidade, é compactuar com a destruição da moralidade pública. Não é mais sobre política, é sobre uma gangue que se sustenta nas sombras da impunidade. Eles atacam a precisão e a fome com dinheiro sujo mais o alimento é podre sem dignidade.
Onde, senão em uma sociedade doente, corruptos encontram palco para suas mentiras? Onde, senão em uma política submersa pela hipocrisia, bandoleiros de colarinho branco continuam a rir da cara do povo? A pergunta é: até quando seremos cúmplices dessa vergonha? Até quando aceitaremos ser governados por aqueles que roubam com uma mão e acenam com a outra, debochando de quem ainda acredita em um Maranhão com um mínimo de dignidade e respeito?
O cinismo é o novo padrão, e a corrupção, sua mais fiel aliada. Se antes o desmascaramento significava o fim de uma carreira, hoje é o início de um novo reinado. A sociedade, que deveria ser a guardiã da moralidade, agora é o palco onde o crime vira aplauso. E isso, meus caros, é uma sentença de morte para o que resta de caráter em nosso Estado.
O político mal caráter fundi-se com o cinismo , e os aplausos dos bajuladores remunerados ecom no mar de lama da corrupção do roubo e da impunidade no Maranhão . Basta ter dinheiro, fazer conchavos escursos subversivos para institucionalizar a malversacão , subjulgar e normalizar a humilhação , levar a corrupção a um outro patamar e ainda ser aplaudido por ser ladrão.
“O cinismo é a capa de um criminoso que se disfarça de político e acha que todos estão bobos o suficiente para reverenciar a ‘honestidade’ que ele nunca teve.” Autor desconhecido.