“Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, reforçou que o bloco europeu não pretende escalar tensões com os Estados Unidos e evitará qualquer movimento que leve a uma guerra comercial.”
Enquanto países afetados pela nova tarifa norte-americana se movem com precisão diplomática e foco estratégico, o Brasil mergulha em mais um espetáculo político digno de um teatro de vaidades.
Desde que Donald Trump anunciou as tarifas e no Brasil chegou a 50% sobre importações, várias nações atingidas pela medida reagiram com racionalidade. Nada de comícios disfarçados de pronunciamentos, nem histeria digital travestida de soberania nacional. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, resumiu com frieza e clareza a postura adotada pelo bloco: “Vamos dialogar com nossos parceiros americanos e trabalhar por soluções que preservem a competitividade europeia.” Uma fala institucional, cirúrgica, sem floreios, sem buscar culpados internos ou ressuscitar fantasmas do passado.
Enquanto isso, no Brasil, o Palácio do Planalto prefere o circo. Sem abrir um canal sério com Washington, a resposta do governo mistura discursos inflamados, ataques à imprensa internacional, teorias conspiratórias de censura e a já conhecida tentativa de transformar cada crise em narrativa de perseguição interna. Ao invés de diplomacia, espetáculo. Ao invés de estratégia, palanque.
A ironia? A histeria nacional só reforça a narrativa que justificou o tarifaço: instabilidade política, decisões econômicas erráticas e uma diplomacia de paletó amassado. O governo brasileiro reage como se estivesse em campanha — mas a urna agora é comercial, e quem vota é o mercado global.
México, Canadá, Índia — inclusive esta última, integrante do BRICS — todos optaram pelo caminho do diálogo direto, com foco em resultados. Já o Brasil se agarra ao velho script: polarização, cortina de fumaça e o eterno jogo de empurra.
No fim, o tarifaço é mais que uma medida econômica. É um espelho. Um reflexo fiel de um governo que abandonou a diplomacia para fazer teatro. E como a história já ensinou, nenhuma encenação, por mais ensaiada que seja, salva um país de uma crise comercial real.
E é preciso dizer com todas as letras: o responsável direto por essa condução desastrosa é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob sua liderança, o Brasil abriu mão do pragmatismo, desmantelou pontes diplomáticas e transformou o Itamaraty em extensão de uma militância ideológica. O preço dessa escolha agora chega com juros e em Dólar .