O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome bloqueia, a partir desta quarta-feira (12), o recebimento do Bolsa Família para 1,2 milhão de beneficiários que estão registradas no Cadastro Único para benefícios sociais (CadÚnico) como famílias unipessoais, ou seja, formadas por uma pessoa só.
Além destes, outros 125 mil cadastros foram desligados, pois não atendiam aos requisitos para constar na folha de pagamentos do programa, ou deixaram de sacar há mais de seis meses.
A mensagem do MDS chegará para o beneficiário via celular, ou pelo aplicativo do Bolsa Família, com isso, ele terá 60 dias para regularizar a situação para desbloquear o benefício. Caso o beneficiário saiba que está irregular, é possível pedir o cancelamento do benefício pelo aplicativo do Cadastro Único.
A estimativa é que 4 milhões podem não se encaixar nos critérios, disse ao GLOBO o ministro da pasta, Wellington Dias. “Existem vários processos que comprovaram o uso eleitoreiro do Auxílio Brasil (nome do programa até este ano). Ainda assim, a gente está bastante cuidadoso”, afirma o ministro.
Em 2023, já foram removidas do programa 1,5 milhão de pessoas com renda superior ao exigido. Nesse total, por exemplo, técnicos da pasta identificaram 7 mil pessoas com renda superior a R$ 6.500 mensais recebendo o benefício.