O vereador Umbelino Júnior, alvo de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (13), teve seu pedido de prisão negado pela justiça, mas foi afastado de seu cargo e proibido de acessar a Câmara Municipal de São Luís.
A Operação Occulta Nexus, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, também cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Imperatriz.
Além do afastamento, a justiça determinou que Umbelino Júnior cumpra medidas cautelares: ele deverá comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades, está proibido de entrar nas dependências da Câmara Municipal e de manter contato com outros investigados. O vereador também não poderá deixar a Comarca sem autorização judicial e está suspenso de exercer funções públicas, devido ao risco de reincidência em infrações penais.
Foi autorizada ainda a apreensão de bens e o bloqueio de R$ 2.182.339,33 nas contas bancárias dos investigados, visando ressarcimento ao erário.
De acordo com o Gaeco, as investigações indicam que Umbelino Júnior liderava uma organização criminosa que praticava “rachadinha” — apropriação indevida de parte dos salários de servidores lotados em seu gabinete. O esquema contava com a participação de familiares do vereador, incluindo sua esposa, cunhados e sogro, residente no Distrito Federal, além de terceiros que auxiliavam em crimes como lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
O nome “Occulta Nexus” — que significa “conexões ocultas” em latim — reflete a rede clandestina de colaboradores que agiam em benefício do vereador. Até o momento, Umbelino Júnior não se pronunciou sobre a operação.