Apesar de ter enfrentado um histórico polêmico na política, Wilson Carlos Rodrigues Borini (União), ex-prefeito de Birigui, foi nomeado secretário de Governo na gestão de sua filha, Samantha Borini (PSD), atual prefeita da cidade. Wilson, que teve sua candidatura cassada e foi declarado inelegível devido a um caso de compra de votos, agora ocupa um dos cargos mais estratégicos da administração municipal.
A nomeação chamou atenção não apenas pelo passado do ex-prefeito, mas também pela concentração de familiares da prefeita e de seu vice, Marcelo Parizati (PSD), em secretarias municipais. Cerca de um terço das pastas do município é ocupado por parentes próximos, levantando discussões sobre nepotismo e governança pública na cidade do interior paulista.
Samantha Borini foi eleita prefeita em 2024, após a desistência de seu pai, que buscava retomar o comando da Prefeitura, mas teve que abdicar da candidatura devido à inelegibilidade até 2026, decretada pela Justiça Eleitoral. Wilson Borini havia sido condenado em 2015 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusado de compra de votos nas eleições de 2012, quando tentou a reeleição após comandar o município entre 2005 e 2012.
A prefeita manteve o vice da chapa de seu pai na disputa de 2024 e obteve 41,86% dos votos, vencendo o vereador Cristiano Salmeirão por uma margem de 13,8%. O cenário eleitoral foi marcado pela influência do ex-prefeito, que mesmo fora das urnas, continua a desempenhar um papel central na política local.
A participação de Wilson Borini no governo reacende debates sobre ética na administração pública e a força de dinastias políticas em pequenas cidades. Enquanto alguns defendem sua experiência administrativa, outros criticam a presença de uma figura condenada por práticas ilegais em um cargo estratégico
Com informações: Metrópolis