Nada destrói mais um país, um estado ou uma cidade do que a combinação perversa entre subserviência e prevaricação. Quando essas duas pragas tomam conta do poder, a corrupção se institucionalizada, os serviços públicos viram fachada e o povo fica refém de um sistema onde ninguém governa, ninguém fiscaliza e ninguém pune.
O Executivo, que deveria ser o centro das decisões em prol da população, se transforma no cérebro do esquema quando o prefeito ou governador conta com o apoio irrestrito do sistema geral. Com Legislativo, Judiciário e imprensa sob controle, ele governa sem oposição, usa a máquina pública como bem entende e cria um império onde os recursos públicos são direcionados para contratos superfaturados, apadrinhados políticos e aliados de campanha. Quem questiona ou denuncia é perseguido, e quem se curva ganha cargos e privilégios.
No Legislativo, os vereadores e deputados não passam de peças decorativas. Em vez de fiscalizar e legislar para o povo, atuam como funcionários do prefeito, aprovando projetos sem questionar, garantindo que o chefe do Executivo governe sem ser incomodado. Os poucos que ousam se opor são isolados e atacados por uma máquina de difamação financiada com dinheiro público.
O Judiciário, que deveria ser o guardião da lei, muitas vezes se torna cúmplice por omissão. Quando conveniente, investigações são engavetadas, processos se arrastam por anos e decisões estratégicas protegem os grandes esquemas. O poder da toga, que deveria servir ao povo, se torna um escudo para políticos e empresários corruptos. A justiça, seletiva como sempre, é rápida e implacável contra o pobre e lenta e indulgente com quem tem dinheiro e influência.
E a imprensa comprada fecha esse ciclo de impunidade. Blogs, jornais e emissoras, que deveriam denunciar os escândalos e informar a população, preferem se vender por verbas publicitárias. Manchetes são encomendadas para destruir adversários políticos, reportagens são censuradas para proteger aliados, e a verdade é manipulada para manter a população anestesiada. A imprensa, que deveria ser um pilar da democracia, se torna um instrumento de propaganda do sistema.
Para esconder toda essa sujeira, entram em cena os “serviços públicos de fachada”. Obras superfaturadas são inauguradas com festa, reformas fantasmas são anunciadas, programas sociais inexistentes são promovidos como grandes conquistas. Mas basta olhar de perto para ver a realidade: escolas maquiadas, hospitais sem médicos, ruas esburacadas e um povo abandonado. A mídia paga ilude a população.
Esse modelo perverso de gestão transforma o poder público em um negócio particular, onde o dinheiro dos impostos serve para enriquecer uma elite política e seus apadrinhados. Enquanto isso, a população é tratada como um detalhe descartável, lembrada apenas em época de eleição.
Não há democracia quando o Executivo manda e desmanda, o Legislativo obedece, o Judiciário protege e a imprensa silencia. Uma engrenagem de corrupção e a impunidade é vergonhosa.
E aos que ainda pensam nos princípios da moral do caráter e da integridade , os valores são esquecidos rapidamente pelo dinheiro roubado facilmente.
Se denunciar morrer queimado na cinza do deboche articulado da podridão.
No nosso país de miseráveis quem tem dinheiro não pede favor.
A soberba da gangue eleita no auge da compra de votos e da exploração do povo na precisão , evidência o cinismo da cúpula dos ladrões.
O sucesso da roubalheira é tanto que inspira a nova geração , quem já nasce sabendo que na política corrupção é normal nasce assassinada de valores , caráter e moral. Tudo é normal.
A corrupção em nossos pais e cultural , marginal , câncer terminal e estamos longe ,muito longe de erradicar toda essa esculhambação.