O jornalismo maranhense perdeu uma de suas almas mais inquietas e autênticas. Neste sábado, 12 de abril, nos despedimos de Luís Cardoso, encontrado morto em sua casa, em São Luís. Tinha 68 anos.
Segundo familiares, a suspeita é de que tenha sofrido um infarto enquanto estava sozinho. A ausência prolongada de contato preocupou parentes, que foram até o local e o encontraram já sem vida.
Luís não foi apenas um jornalista. Foi um cronista do cotidiano, um observador atento da política e um crítico incansável das injustiças. Seu blog, um dos mais lidos do Maranhão, era ponto de encontro diário para milhares de leitores em busca de informação, opinião e coragem — três elementos que ele manejava como poucos.
Era direto, ácido quando necessário, mas sempre movido pela responsabilidade de informar. Não tinha medo de contrariar. Sua caneta era firme, seu olhar, afiado. Falava com o povo e para o povo, e por isso conquistou respeito — mesmo daqueles que ele ousava enfrentar com suas denúncias.
Luís Cardoso foi mestre de uma geração inteira. Um exemplo de independência, de ousadia e de paixão pela notícia. Seu silêncio agora ecoa em redações, lares e gabinetes. Um silêncio incômodo, daqueles que anunciam a ausência de alguém que fazia barulho — o bom barulho que o jornalismo precisa.
Aos familiares e amigos, nossa solidariedade. A dor é profunda, mas o legado é maior.
Descanse em paz, Luís. O Maranhão te agradece. O jornalismo também.