Na política, carisma de verdade não se compra, não se impõe e muito menos se fabrica em laboratórios de marketing. Ele se constrói com presença, compromisso e respeito pelo povo. Mas há aqueles que, sem qualquer conexão real com a sociedade, tentam compensar sua expressividade com estratégias artificiais, usando a mídia como escudo e a propaganda como muleta.
Vivemos tempos em que a política está repleta de figuras vazias, que jamais conseguiriam cativar a população apenas pela força de suas ideias ou pelo impacto de suas ações.Visam apenas benefícios próprios do erário público.
Por isso, recorrem ao teatro midiático: cercam-se de assessores bajuladores, contratam pseuodos influenciadores para inflar suas redes sociais e investem pesadamente em publicidade para transformar incompetentes em “lideranças populares”. Mas, como todo truque barato, essa encenação tem prazo de validade.
O Carisma Espontâneo: Um Dom que Não se Compra
Os verdadeiros líderes não precisam de roteiros ensaiados ou de superproduções para serem ouvidos. Eles andam entre o povo sem medo, olham nos olhos das pessoas e sentem a confiança que conquistaram com trabalho e coerência. São aqueles que, mesmo sem mandato, permanecem respeitados, porque sua presença não depende de contratos publicitários ou de escândalos comprados para atacar adversários.
O carisma espontâneo é um reflexo da autenticidade. Ele nasce da história, da luta e da entrega de quem realmente se importa. Não precisa de microfones dourados nem de fotos montadas para parecer natural, porque sua essência está na verdade do discurso e na coerência da trajetória.
A Popularidade Comprada: A Farsa da Política Espetáculo
Já os que tentam comprar carisma funcionam de maneira oposta. Para eles, tudo é planejado, calculado e roteirizado. Suas palavras são escolhidas a dedo por marqueteiros, seus discursos são repletos de frases genéricas e suas aparições públicas são cercadas de um aparato artificial que os impede de ter qualquer contato real com a população.
Pior ainda: esses políticos, que fingem humildade diante das câmeras, são os mesmos que, nos bastidores, tratam o povo com arrogância. Fingem ser acessíveis, mas não aceitam ser questionados. Sorriem para as fotos, mas escondem nos bastidores um temperamento autoritário e perseguidor. Gastam fortunas para vender a ilusão de que são queridos, mas evitam qualquer debate onde possam ser confrontados com a verdade.
A mídia que compram, os influenciadores que contratam e os números inflados de suas redes sociais são apenas cortinas de fumaça para encobrir a falta de liderança real e a completa incapacidade de governar. Afinal, quem tem carisma de verdade não precisa pagar para que falem bem de si.
O Tempo Destrói as Farsas
O grande problema dessa política artificial é que, mais cedo ou mais tarde, a máscara cai. O tempo é implacável, e quando a verdade vem vencem as câmeras sobra só a bajulação no espetáculo, resta apenas a soberba , nua e crua da natural ignorância que vem de berço : um político incapaz, sustentado apenas por uma bolha de propaganda subversiva, repetitiva , chata , manjada e enganosa .
E a história já mostrou, repetidas vezes, que popularidade não se compra, respeito e confiança, jamais. Não existe marketing que apague a soberba, a arrogância e a bílis da incompetência. E, quando o povo percebe a diferença entre a verdade e a encenação, não há dinheiro que salve a reputação de um farsante.