São Luís — A recente polêmica envolvendo a deputada estadual e secretária de Estado da Mulher, Abigail Cunha (PL), é um exemplo claro de como a desinformação se tornou um instrumento político utilizado para desestabilizar lideranças, especialmente mulheres.
Nesta quinta-feira (02), Abigail divulgou nota oficial para esclarecer informações falsas que circularam em blogs e redes sociais, atribuindo-lhe uma declaração supostamente ofensiva à culinária do interior do Maranhão.
A parlamentar explicou que a frase foi retirada de contexto e referia-se a uma dieta restrita prescrita por médicos, consumida durante preparação para exames complexos em São Paulo, e jamais teve qualquer caráter discriminatório.
“Jamais me manifestei ou me manifestaria de forma preconceituosa. Tenho amor pelo Maranhão e sua gente, valorizo sua cultura e, de forma especial, sua riqueza gastronômica”, enfatizou a secretária.
Mais do que defender sua imagem, Abigail trouxe à tona um problema estrutural da política contemporânea: a manipulação de informações e o uso de fake news como arma de ataque pessoal. Essa prática não apenas compromete a reputação de políticos e gestores, mas também fragiliza o espaço das mulheres nos ambientes de poder, expondo-as a ataques verbais, morais e simbólicos.
No documento, a deputada também reforçou sua atuação à frente da Secretaria da Mulher, destacando programas de atendimento em saúde, ações de enfrentamento à violência de gênero e iniciativas de incentivo à autonomia econômica, como cursos de capacitação e kits para mulheres empreendedoras.
O episódio de Abigail Cunha evidencia como mentiras e interpretações distorcidas de declarações podem ser utilizadas de forma rasteira na disputa política. É um alerta sobre a importância de um jornalismo responsável e da necessidade de combater sistematicamente a desinformação, preservando não apenas a integridade de lideranças públicas, mas também a credibilidade da própria imprensa.
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)