Na noite da última quinta-feira (16), os negociadores de Israel, Hamas, Estados Unidos e Catar assinaram oficialmente um acordo que prevê um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses. A informação foi confirmada pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, marcando um avanço significativo nas intensas negociações mediadas nas últimas semanas.
De acordo com o portal Axios, o documento contou com a assinatura de Brett McGurk, principal conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para o Oriente Médio. Além disso, Steve Witkoff, enviado especial do ex-presidente Donald Trump, também desempenhou papel crucial na conclusão do tratado.
Em comunicado oficial, o governo israelense declarou que “um acordo para a libertação de reféns foi alcançado” e que Netanyahu convocou o gabinete de segurança política de Israel para uma reunião nesta sexta-feira (17) com o objetivo de ratificar os termos.
“O primeiro-ministro foi informado pela equipe de negociação que os acordos necessários para a libertação dos reféns foram concluídos”, detalha a nota. A reunião, prevista inicialmente para o início da noite, enfrentou um atraso de cerca de uma hora, mas foi confirmada logo em seguida.
Segundo o plano divulgado, a libertação dos reféns pode ter início já no próximo domingo (19). Fontes locais informaram que a primeira fase envolverá a liberação de três mulheres civis, às 16h (horário local). Já a trégua entre as partes deverá ser instaurada oficialmente às 12h15 do mesmo dia.
O gabinete de Netanyahu também tornou pública uma lista preliminar de prisioneiros palestinos que deverão ser libertados como parte do acordo, medida que reforça o compromisso mútuo das partes envolvidas em cumprir os termos estabelecidos.
A iniciativa, que surge após semanas de escalada no conflito e pressão internacional, representa uma tentativa concreta de aliviar as tensões na região. Ainda que o caminho para a estabilidade plena permaneça desafiador, este tratado sinaliza uma rara convergência de interesses em prol de uma solução humanitária e diplomática.