Os resultados da pesquisa divulgada pelo Instituto Opinião, na última sexta-feira (23), oferecem um retrato consistente sobre a percepção da população em relação ao governo de Carlos Brandão (PSB) no Maranhão. Com 63,9% de aprovação geral — e 69,5% entre aqueles que expressaram opinião —, os índices refletem não apenas a aceitação da atual gestão, mas também a consolidação de um modelo administrativo que tem se mostrado estável, pragmático e orientado por resultados.
O dado mais relevante, porém, não se limita ao percentual de aprovação. Ele dialoga diretamente com a percepção de futuro manifestada pelos maranhenses: 65,6% dos entrevistados acreditam que o estado continuará progredindo, e 40,2% avaliam que a situação atual é melhor do que há quatro anos. Esses indicadores sugerem não apenas satisfação com o presente, mas uma expectativa consolidada de continuidade dos avanços.
A distribuição geográfica da aprovação também é expressiva. Em Imperatriz, segundo maior centro urbano do estado, a gestão é aprovada por 61,3%. Em Presidente Dutra, o índice é de 72,1%, e na Baixada Maranhense chega a 71,5%. Esse recorte regional demonstra que a percepção positiva não está concentrada na capital, mas se distribui de forma consistente pelo interior — um fator relevante quando se observa o histórico de desigualdades territoriais no Maranhão.
A análise dos fatores que sustentam esses índices aponta para alguns vetores principais. O fortalecimento dos programas sociais, os investimentos em saúde, educação e infraestrutura, além de uma política de descentralização administrativa, parecem estar no centro dessa equação. Paralelamente, observa-se um processo bem-sucedido de articulação política, evidenciado pela formação de uma base robusta nas eleições municipais de 2024, que resultou na eleição de 158 prefeitos alinhados ao governo.
Outro aspecto digno de nota é o perfil de gestão adotado. Carlos Brandão apresenta um estilo político caracterizado pela municipalização e pela ênfase no pragmatismo administrativo, e maior foco na construção de resultados tangíveis. Esse modelo contrasta, em certa medida, com práticas mais personalistas de outros ciclos políticos do estado e parece ter gerado aderência tanto no campo institucional quanto na opinião pública.
Do ponto de vista estrutural, os números sugerem que o Maranhão atravessa um ciclo de relativa estabilidade política e administrativa, o que, historicamente, tem se revelado condição essencial para o avanço de políticas públicas mais estruturantes, especialmente em contextos federativos marcados por assimetrias regionais.
Em síntese, os dados refletem mais do que a aprovação circunstancial de um governo. Eles apontam para uma dinâmica de gestão que tem conseguido alinhar capacidade administrativa, articulação política e entrega de resultados — elementos que, somados, explicam não apenas os índices atuais, mas também o horizonte de expectativa positiva projetado pela sociedade maranhense.