O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), a morte do Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio. O pontífice faleceu aos 88 anos, às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília), na Casa Santa Marta, residência oficial dos papas, onde vivia desde o início de seu pontificado.
O anúncio foi feito com pesar pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Igreja, diretamente da Capela da Casa Santa Marta. “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma voltou para a casa do Pai”, declarou. Em seu pronunciamento, o cardeal destacou o legado do Papa, marcado por dedicação incansável ao evangelho, amor aos pobres e defesa dos marginalizados.
Francisco foi o primeiro papa jesuíta e o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, tendo sido eleito em março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Seu pontificado ficou marcado por uma visão pastoral centrada na misericórdia, no diálogo inter-religioso e na justiça social.
Última aparição pública
Na véspera de sua morte, o Papa ainda participou da tradicional mensagem de Páscoa “Urbi et Orbi”, transmitida a fiéis do mundo inteiro. Visivelmente debilitado, não leu o texto, que foi proclamado pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.
Na mensagem, Francisco exaltou a Páscoa como celebração da vida: “Cristo ressuscitou! Neste anúncio encerra-se todo o sentido da nossa existência, que não foi feita para a morte, mas para a vida”, afirmou. O pontífice fez um apelo pela dignidade humana, mencionando o sofrimento dos mais frágeis, das mulheres e crianças vítimas de violência, e dos migrantes rejeitados mundo afora.
O Papa Francisco deixa uma marca profunda na história contemporânea da Igreja Católica, tanto pelo seu estilo próximo e humilde quanto pela firmeza com que defendeu os direitos humanos, a paz e os mais necessitados. O Vaticano ainda não divulgou detalhes sobre os funerais.