No Maranhão, mais de 53 mil benefícios do cadastro unipessoal foram cancelados pelo Ministério de Desenvolvimento Social_
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do Governo Federal, criado em 2003, na primeira gestão do presidente Lula. Na atualidade, o benefício contempla 21,19 milhões de famílias e possui um total de investimentos que chega a R$ 13,9 bilhões.
Por si só, os números evidenciam a quantidade de brasileiros que dependem dessa ajuda para sobreviver. Ocorre que em março muitas distorções foram detectas no cadastro unipessoal do programa, ocasionando o cancelamento de 53.183 mil benefícios no Maranhão.
No município de Paco do Lumiar, na Região Metropolitana da Grande Ilha a situação não foi diferente. Preocupada com distorções e possíveis injustiças, seguindo orientações do MDS- a prefeita Paula Azevedo(PCdoB), orientou à equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SEMDES – comandada por Suelly Abreu – a fazer um amplo levantamento para averiguação cadastral do programa Bolsa família.
“Precisamos ter cautela, razão pela qual essa pesquisa de casa em casa é de suma importância. Atualmente, muitas famílias sobrevivem com essa ajuda, então nosso objetivo é conferir in loco a veracidade das informações para evitar contradições e injustiças nos cadastros unipessoais e, em seguida, repassar as informações coletadas ao Governo Federal, que é o grande responsável por esse magnifico auxílio”, explicou a prefeita.
Como o próprio nome evidencia, o programa refere-se à família composta por apenas uma pessoa. Em todo o País, o ministério apontou uma grande quantidade de famílias com esse perfil cadastradas após novembro de 2021.
METODOLOGIA:
Ao ser abordada sobre o detalhamento do trabalho, que começou mês passado, a titular da pasta esmiuçou a metodologia utilizada. “Durante a visita é feita uma entrevista social para avaliar o perfil autodeclarado pelo beneficiário. Caso sejam identificadas discrepâncias ou mesmo irregularidades, conforme determina o órgão federal, o cadastrado tem seus auxílios e benefícios, como o Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), ou o próprio Bolsa Família, suspensos ou até bloqueados”, enfatizou a secretaria.
Já o coordenador do CadÚnico e do Programa Bolsa Família luminense – Manoel Adller – confirmou que incongruências já foram diagnosticadas. “Já visitamos mais de 1.500 famílias. Em alguns casos, confirmamos distorções, entre elas, não equiparação de perfil unifamiliar, inclusão indevida de filhos e não atualização de dados, como endereço”, finalizou.