É digno de um roteiro de cinema grotesco e surreal: o município de Igarapé Grande assiste, estarrecido, ao mais novo capítulo da tragédia política que envergonha o Maranhão. O prefeito João Vitor Xavier (PDT), assassino confesso de um policial militar, segue solto, livre, articulando a própria “defesa” e — pasme — preparando uma licença de seis meses sob a justificativa de “tratamento psiquiátrico”.
Enquanto a família do militar Geidson Thiago da Silva dos Santos enterra seu ente querido, a cúpula política de Igarapé Grande não se movimenta para a cassação do prefeito assassino.
Nada de prisão preventiva. Nada de cassação. Nenhuma medida dura. Apenas um afastamento estratégico — uma tentativa patética de passar pano num dos crimes mais brutais já protagonizados por um gestor público no exercício do cargo.
Segundo apuração, João Vitor deve se licenciar do cargo e entregar a Prefeitura à vice-prefeita, Maria Etelvina Sampaio, também do PDT.
E a Câmara de Vereadores? Silente. Submissa. Covarde. Nenhum pedido de cassação. Nenhum ato de indignação. Com uma base quase inteiramente aliada ao prefeito, os vereadores parecem mais preocupados com seus próprios interesses do que com a integridade institucional do município.
A Justiça, por sua vez, segue passiva. O Ministério Público ainda não pediu a prisão preventiva de um homem que matou, assumiu o crime e segue ditando os rumos de sua indefensável defesa como se nada tivesse acontecido. Um tapa na cara do Estado de Direito. Um escárnio.
Afinal, desde quando tratamento psiquiátrico virou escudo para assassinato? Desde quando a confissão de um homicídio permite que o autor simplesmente peça licença e se trate em casa, enquanto a vítima está no cemitério e a família inteira vive sob luto e indignação?
Se fosse um jovem da periferia, negro, pobre, teria direito a seis meses de “tratamento” ou já estaria mofando no presídio?
A população do Maranhão exige respostas. Exige justiça. Exige que a lei seja cumprida. Não é possível que a vida de um policial militar, um servidor público, seja tratada com tamanha banalidade. O homicida João Vitor não pode ser mais um nome na galeria dos impunes de colarinho branco. Ele matou. Ele confessou. E agora quer se tratar?
Diante da gravidade do crime confessado pelo prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que admitiu ser o autor do homicídio em evento público, é absolutamente cabível a decretação de sua prisão preventiva, conforme previsto no art. 313, inciso I, do Código de Processo Penal.
Portanto, diante da legislação vigente e da confissão formal do crime, a prisão preventiva do prefeito João Vitor Xavier é legal, necessária e urgente.
A omissão em decretá-la representa não apenas um atentado à justiça, mas um perigoso precedente de impunidade institucionalizada.
“Político ladrão o Brasil já naturalizou. Mas político assassino impune é o novo patamar da desgraça institucional.”