Uma aeronave da Azerbaijan Airlines caiu na última quarta-feira (25) nas proximidades da cidade de Aktau, no Cazaquistão. O voo, que partia do Azerbaijão com destino a Grózni, na Rússia, levava 67 pessoas a bordo. Das vítimas, 38 perderam a vida, enquanto as demais sofreram ferimentos de diferentes gravidades.
A investigação preliminar aponta para um incidente envolvendo o sistema de defesa aérea russo Pantsir-S, conforme relatos divulgados pela agência Reuters. Quatro membros da equipe investigativa do Azerbaijão, país de origem do voo, declararam que disparos desse sistema atingiram a aeronave.
O episódio ocorreu em um contexto tenso, com relatos de drones militares ucranianos sobrevoando a região no momento da queda. Um oficial do governo norte-americano afirmou à Reuters que as “indicações preliminares” sustentam a hipótese de envolvimento do sistema russo no incidente.
Fontes indicaram também que, além do impacto com o Pantsir-S, o sistema de guerra eletrônica russo teria paralisado o GPS da aeronave durante sua aproximação a Grózni. Este detalhe adiciona complexidade às investigações, que agora buscam entender se o ocorrido foi resultado de erro humano, falha técnica ou ação intencional.
A tragédia reacende debates sobre os riscos crescentes na aviação civil em zonas de conflito, onde operações militares frequentemente interferem em rotas aéreas. Autoridades internacionais já sinalizam a necessidade de respostas claras e de medidas para evitar que episódios similares se repitam.
A Azerbaijan Airlines e o governo do Azerbaijão prometeram total transparência nas apurações e esperam que a colaboração internacional contribua para esclarecer os fatos. Até o momento, Moscou não comentou oficialmente as acusações