A partir de janeiro de 2026, encher o tanque virou luxo. Gasolina sobe até 6,8%, diesel até 4,4% e gás de cozinha 5,7%, reflexo de um sistema tributário que pune o cidadão comum.
O aumento não é efeito do preço do petróleo: é a soma de decisões políticas que beneficiam governos estaduais e federal.
O reajuste do ICMS, imposto estadual que representa grande parte do preço final nos postos, é o gatilho imediato.
Diesel e gás de cozinha também sofrem reajuste, pressionando ainda mais o orçamento das famílias.
A política de preços da Petrobras mantém combustíveis atrelados à paridade internacional, mesmo que os preços externos caiam, e tributos federais como PIS, Cofins e Cide permanecem altos, ampliando o impacto no bolso do consumidor.
O efeito é direto: cada litro abastecido se transforma em lembrete de que, no Brasil, políticas públicas muitas vezes significam arrecadação acima de proteção à população.
Estados e União comemoram números na arrecadação, enquanto famílias já apertadas enfrentam mais um aumento inevitável.
Encher o tanque ou o fogão deixou de ser rotina: virou teste de resistência financeira. Em 2026, a gasolina não é apenas combustível; é símbolo do sistema que transfere para o cidadão o custo de decisões que ele não tomou.


















