Faltando mais de um ano para as eleições de 2026, o panorama político no Maranhão começa a esboçar seus primeiros contornos, embora o cenário permaneça amplamente indefinido. Uma nova pesquisa realizada pela Econométrica, entre os dias 26 e 30 de maio, revela tendências iniciais, mas especialistas alertam: ainda há muito caminho pela frente, e o quadro pode mudar significativamente.
O levantamento ouviu 1.321 eleitores em 52 municípios maranhenses, com margem de erro de 2,7 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Divulgados nesta terça-feira (10), os dados indicam a liderança do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), nas intenções de voto para o governo do Estado, com 33,8%. Ele é seguido por Lahesio Bonfim (NOVO), com 21,3%, Orleans Brandão (MDB), com 17,9%, e Felipe Camarão (PT), que registra 13,4%. Outros 5,1% declararam voto nulo, enquanto 8,6% não souberam ou não responderam.
Apesar dos números, analistas apontam que o cenário ainda está em estágio embrionário. A baixa definição por parte do eleitorado e o longo período até o pleito indicam que movimentações políticas, alianças e os próprios desempenhos das pré-campanhas terão peso decisivo na configuração final da disputa.
No caso da corrida ao Senado, a Econométrica testou dois cenários distintos. Com o atual governador Carlos Brandão (PSB) como candidato, ele lidera com 38,5% das intenções de voto, seguido por Weverton Rocha (PDT), com 33,6%, e Roberto Rocha, com 23,4%. Eliziane Gama (PSD) e André Fufuca (PP) aparecem com 22,1% e 17,3%, respectivamente, enquanto Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) obtém 11,6%. Votos nulos somam 9,3%, e os indecisos, 9,6%.
Na hipótese de Brandão não disputar o Senado, Weverton Rocha desponta com 34,9%, à frente de Roseana Sarney (MDB), com 29,1%. Roberto Rocha (24,7%), Eliziane Gama (24,1%), André Fufuca (17,7%) e Pedro Lucas (11,8%) completam a lista. Neste cenário, 8,9% votariam nulo e 11,6% permanecem indecisos ou não responderam.
Embora os primeiros números sirvam como termômetro da atual conjuntura, a distância temporal até o pleito impõe cautela nas análises. O ambiente político ainda está em formação, e os próximos meses serão decisivos para a consolidação de candidaturas, alianças partidárias e percepção do eleitorado.
Para observadores da cena política, os dados da Econométrica não devem ser vistos como definições, mas sim como um retrato momentâneo de um processo ainda em construção. A eleição de 2026 no Maranhão promete ser disputada, e a única certeza até aqui é que o jogo está apenas começando.