Brenda Carvalho, ex-candidata a vereadora pelo Podemos, revelou em depoimento à Polícia Federal que sua candidatura foi utilizada exclusivamente para cumprir a cota de gênero de 30% exigida pela legislação eleitoral. A denúncia coloca em evidência práticas irregulares envolvendo o partido e possíveis crimes eleitorais.
A ex-candidata, que recebeu R$ 300 mil do Fundo Eleitoral e obteve apenas 18 votos, declarou também ter sido alvo de ameaças após o vazamento de informações sobre supostos esquemas partidários. As intimidações, segundo Brenda, partiram do empresário Dedé Macedo, que é acusado de enviar mensagens suspeitas e promover vigilância constante ao redor de seu comércio.
Detalhes das acusações
Brenda afirmou ter se recusado a assinar documentos relacionados às movimentações financeiras do partido, o que culminou em um rompimento com a direção partidária. A situação desencadeou duas ações na Justiça Eleitoral, que investigam a possível fraude na candidatura. Os processos também apuram o uso irregular de recursos provenientes do Fundo Eleitoral.
Repercussão e resposta do partido
O Podemos nega veementemente as acusações. Em nota, a legenda afirmou que a candidatura de Brenda Carvalho foi plenamente legítima e que todos os recursos do Fundo Eleitoral foram declarados e fiscalizados conforme determinação legal. A direção do partido destacou ainda que colabora com as investigações e confia na transparência do processo
Próximos passos
O caso está em análise pela 1ª Zona Eleitoral de São Luís, que aguarda manifestação do Ministério Público Eleitoral. Enquanto isso, a denúncia de Brenda Carvalho levanta questões sobre o uso do Fundo Eleitoral e a efetividade das regras de cota de gênero, jogando luz sobre possíveis falhas estruturais no sistema político brasileiro